Não olhe errado para a reabilitação profissional


Não olhe errado para a reabilitação profissional

A reabilitação profissional é um serviço prestado pelo INSS, à segurados e dependentes, com o intuito de inserir ou reinserir o indivíduo no mercado de trabalho. Até aí, nada de mais.

Contudo, o estigma que a pessoa que busca auxílio da reabilitação profissional carrega, vai mais além do que seu simples significado. Com o tempo e a mudança da chamada “esfera produtiva”, modificou-se, também, o entendimento conferido àquele que, por necessidade, busca adentrar ao mercado de trabalho, após período de inatividade.

Quando o desemprego caracterizava, a uníssona, uma privação involuntária e de ocasião, do trabalho, o desempregado era poupado de taxativas sociais preconceituosas, como as alcunhas de preguiçoso, ocioso ou, mesmo, vagabundo, quando na tentativa de buscar emprego. Isso eximia o indivíduo da “culpa”, uma vez que ele não poderia ser o único responsável por sua exclusão do trabalho.

Atualmente, o desemprego ganha novos contornos estruturais, que atingem trabalhadores de diversos níveis de qualificação e aumentam o tempo requerido, para a realocação em um novo posto, na nova estrutura do mercado de trabalho, que encontra um grande descompasso entre o perfil de trabalhador desejado e o perfil encontrado.

Nesse cenário, a reabilitação profissional é vista, erroneamente, como um “fim da linha” para o trabalhador.

A reabilitação profissional deve ser vista, de plano, como uma perspectiva diferente, fazendo parte da atenção integral à saúde do trabalhador, incluindo a defesa da saúde dele, a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e, talvez, o mais importante, a prevenção contra incapacidades e desvantagens sociais, que são geradas pelo preconceito, e que podem ter fim, dentre outras medidas, pela mudança nas condições de trabalho, em todo o país.


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