Reza a lenda que o futebol chegou ao Brasil por meio do paulista Charles William Miller, que viajou para a Inglaterra e trouxe em sua bagagem duas bolas usadas, um par de chuteiras, alguns uniformes velhos e um caderno de regras.
O esporte que conhecemos hoje, no entanto, demorou para existir. A princípio, o futebol era um esporte segregativo, que poderia ser praticado apenas pela elite branca; negros e pobres eram marginalizados, não podendo participar dos jogos.
A situação mudou apenas em 1958, quando a Seleção Brasileira, comandada pelos negros Didi e Pelé, além do mulato Garrincha e do caucasiano Bellini sagrou-se campeã mundial, provando para o mundo todo que a força do brasileiro vem justamente de sua diversidade. A partir disso, o futebol passou a ser visto como símbolo de aceitação, representatividade e miscigenação, sendo, por conta disso, amplamente associado a imagem do Brasil.
Contudo, apesar da conquista de 1958 ter garantido o lugar dos negros no gramado, uma parcela da sociedade continuaria sem se sentir representada em campo durante muitas e muitas décadas: as mulheres.
A HISTÓRIA DA PRESENÇA FEMININA NOS GRAMADOS
A falta de representatividade da mulher no futebol não se deu por falta de interesse, mas sim de espaço.
Sem dúvida, quando o futebol surgiu no Brasil, ele agradou rapidamente muitas mulheres. A sociedade, no entanto, não via tais mulheres com bons olhos, acusando-as de ser grosseiras e masculinas. Dessa forma, para as mulheres jogarem, nessa época, era preciso não apenas talento, mas também muita coragem para enfrentar a sociedade.
Por conta disso, o futebol feminino evoluiu de forma errática durante muitas décadas; a primeira equipe de mulheres surgiu em 1958, no Araguari Atlético Clube, para partidas beneficentes, tendo durado pouco mais de um ano; a primeira mulher a terminar um curso de arbitragem, Léa Campos, conseguiu esse feito apenas em 1967 e não pode nem participar de sua formatura, por represálias machistas; a primeira seleção feminina de futebol brasileiro foi convocada apenas em 1988, para disputar e vencer a “Women’s Cup of Spain”.
O FUTEBOL FEMININO HOJE
Hoje, depois de muitas décadas de descaso e escárnio, as mulheres estão conseguindo conquistar um espaço maior nos gramados. Não se engane, ainda há muito que melhorar, porém é seguro afirmar que hoje existe um respeito maior por essas atletas, havendo clubes melhor estruturados, campeonatos organizados, maior cobertura de imprensa e, principalmente, maior respeito por parte da sociedade.
Ao longo dos últimos anos, aliás, foi possível observar um aumento considerável na quantidade de pessoas que passou a torcer fervorosamente pela seleção feminina; durante anos, enquanto o futebol masculino colecionou resultados vexatórios, a seleção feminina deu exemplo de como jogar com garra e amor à camisa, fazendo com que um número cada vez maior de pessoas passasse a admirar essas atletas.
Com isso, aumentou a popularidade de certas atletas, como Marta, Formiga e Cristiane e, consequentemente, de meninas que se inspiram nelas e desejam seguir seus passos no gramado, o que lhes dá coragem e dedicação para procurar escolas e centros de treinamento.
EXEMPLO NORTE-AMERICANO
Para nós, brasileiros, ainda é comum enxergar o futebol como sendo um esporte masculino. Nos Estados Unidos, no entanto, a situação é consideravelmente diferente. Por lá, o futebol, que é chamado de “soccer“, é visto como um esporte feminino; ele até é praticado por homens, porém é mais associado à mulheres. Não à toa, a seleção americana feminina de futebol é uma verdadeira potência.
MERCADO EM CRESCIMENTO
Uma breve análise da quantidade de mulheres em campo é suficiente para provar que o futebol feminino, seja ele de qual tipo for, é um mercado latente, que irá crescer muito ao longo dos próximos anos. Se você deseja investir nele, portanto, entre em contato com a Elasta, veja a excelente linha de pisos esportivos e gramas sintéticas que oferecemos e não perca essa oportunidade.