Um dado pouco conhecido: o Brasil é o 4º país do mundo com mais mortes por causa de acidentes de trabalho, perdendo só para a China, Rússia e Estados Unidos. São 1,3 milhão de casos só em nosso país, e a maioria envolve a falta de atenção às normas básicas de proteção do trabalhador e as más condições nos ambientes de trabalho.
As áreas apontadas como aquelas com maior número de mortes pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e Previdência Social são Armazenagem, Transporte e Comunicações, Construção e Comércio e Veículos. Não por coincidência as áreas em que mais é necessário o uso do equipamento de proteção adequado.
A falta de cuidado com os equipamentos de proteção necessários é extremamente comum principalmente no setor de serviços, sendo considerados ‘’excessos’’ em alguns locais de trabalho. Tapetes de proteção, luvas e capacetes adequados não são importantes somente para o trabalho em indústrias!
Um trabalhador necessita minimamente daquilo que impedirá que ele sofra males causados pela execução de suas funções no local de trabalho. Para isso existem normas que regulamentam os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e os EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) como a NR-6, por exemplo.
No entanto, deve ser levado em consideração o fato de que os considerados ‘’acidentes de trabalho’’ não envolvem somente os infortúnios ocorridos no local de trabalho ou durante a execução de funções. Os acidentes de trajeto, como são conhecidos, referem-se aos ocorridos no percurso de casa para o trabalho, e também são considerados acidentes de trabalho como qualquer outro.
Esse tipo de acidente, embora não signifique a grande maioria dos casos, pode influenciar no número de mortes que elevou o Brasil ao 4ºlugar, e está diretamente relacionado à realidade violenta existente no trânsito e o aumento da frota de automóveis e motocicletas, que deixa o trabalhador mais suscetível a acidentes de trajeto. Tudo isso é reflexo da mobilidade urbana insegura vista em nosso país.